CBP oficializa mudança nas regras para temporada 2018

A Confederação Brasileira de Polo (CBP) confirmou oficialmente nesta segunda-feira (19) a mudança de algumas regras do regulamento de polo brasileiro para a disputa dos torneios oficiais da temporada brasileira de 2018.

Seguindo o que foi feito pela Associação Argentina de Polo (AAP), a CBP decidiu aderir algumas das mudanças propostas na Argentina e que tem o intuito de deixar o jogo mais dinâmico e agradável ao público, além de uma maior rigidez na questão disciplinar. Abaixo o comunicada na íntegra enviado pela CBP:

Prezados polistas.

Visando tornar nosso esporte mais dinâmico, atual e agradável espetáculo para o público, notificamos a aplicação de novas regras para os torneios oficiais da temporada brasileira em 2018. Essas diretrizes passam a valer desde esse presente momento e deverão ser aplicadas as competições de todas as categorias,

1) Eliminar o Bloqueio

Quando a bola está “morta”, seja em uma saída de fundo, lateral (tábuas) ou throw-in, um jogador rival que esteja próximo ao seu adversário com a bola será intocável, ou seja, não pode ser marcado e nem bloqueado por ninguém. Caso o fato ocorra será cobrada falta local contra a equipe infratora.

2) Eliminar os throw-ins das tábuas

Quando a bola sair pela lateral/tábuas a equipe adversária, que não colocou a bola para fora, irá repor o jogo com um penal local. O juiz deverá colocar a bola a 5 jardas da tábua, na altura onde a bola saiu, e os adversários deverão estar a 30 jardas da mesma. O juiz deverá esperar até, 8 segundos para as equipes se posicionarem, e dar início ao jogo. Caso o adversário não esteja a esta distância, deverá deixar que seu oponente jogue a bola.

Para determinar quem colocou a bola para fora o juiz deverá considerar o cavalo como a extensão do corpo do jogador. Se tocar no cavalo ou jogador da equipe “X”, a bola será da equipe “Y”. Se houver dúvida de quem tirou a bola para fora ou a mesma pegar no cavalo do juiz será cobrado throw-in.

Em uma situação defensiva, quando a bola sair pelas tábuas dentro das 60 jardas a equipe que recuperar a posse da bola deverá solta-la no local próprio da 60 jardas (similar ao corner) a uma distância de 10 jardas das tábuas. Neste caso o jogador que irá realizar a cobrança deverá bater a bola direto ao gol ou realizar um passe a um companheiro que esteja a mais de 30 jardas de distância.

3) Eliminar o jogo lento

Em diversas oportunidades os jogadores reduzem a velocidade sem a intenção de jogar a bola mas sim buscando uma falta, jogada esta que termina sendo perigosa aos polistas e prejudica o espetáculo. Nesta situação o juiz deverá advertir o jogador que a ocasionou para que se livre da bola dizendo a palavra “Jogue” ou “Use a bola”. Depois de 5 (cinco) segundos, se o jogardor que estava com a bola não fizer o passe ou arrancar com a mesma será cobrado falta local para a equipe adversária.

4) Regra após o primeiro sino

Após o primeiro sino, durante os 30 segundos adicionais, o jogo só será interrompido caso haja um gol, uma falta ou a bola saia do campo. Caso a bola bata nas tábuas o jogo prosseguirá normalmente até que se encerre o tempo adicional.

5) Mudança no tempo de jogo

Os torneios brasileiros serão jogados em tempos de 6 minutos e 30 segundos, mais os 30 segundos adicionais. A aplicação de uma parada técnica na metade do tempo para troca de cavalos ficará a critério dos juízes e comissão organizadora e deverá ser notificada antes do início da competição.

6) Lesão em cavalos

Se um cavalo está visivelmente lesionado o juiz poderá parar o relógio e autorizar a troca do mesmo. Este cavalo não poderá voltar a jogar de nenhuma forma naquela partida. Caso volte a equipe será penalizada com a perda dos pontos. Se o cavalo sofrer um corte ele poderá sair de campo, ser tratado e voltar a jogar.

7) Tempo para cobrança de penalidades

O jogador terá o tempo de 20 segundos executar a cobrança de um penal assim que o juiz der a ordem de jogo.

8) Nova regra de cartões

Um jogador que receber duas faltas técnicas deverá, obrigatoriamente, receber um cartão amarelo pelo juiz (dependendo do ato de indisciplina ou da jogada perigosa o juiz terá total autoridade para aplicar o cartão amarelo na primeira falta técnica), Caso o mesmo jogador receba dois cartões amarelos na mesma partida o mesmo deverá deixar o campo pelo tempo de 2 (dois) minutos.

O jogador penalizado com os 2 minutos fora de jogo deverá permanecer em seu palanque. O árbitro ou terceiro juíz deverá cronometrar o tempo para que o jogador volte a campo. Após 1 minuto e 30 segundos da penalização o jogador deverá dirigir-se ao meio do campo e aguardar a autorização do juíz para que retorne ao jogo. Caso o jogador receba o cartão amarelo com menos de dois minutos para o fim de um chukker o mesmo deverá cumprir o tempo de penalização restante no chukker seguinte.

Se o mesmo jogador receber um terceiro cartão amarelo na partida deverá ser aplicado, obrigatoriamente, um cartão vermelho. Neste caso o jogador deverá se ausentar do jogo de forma definitiva, porém podendo ser substituído. O jogador “reserva” deverá esperar os dois minutos de penalização de fora e, após autorização do juíz, poderá entrar em jogo.

Caso um mesmo jogador receba 4 (quatro) cartões amarelos durante a temporada, independente do torneio ou categoria, deverá cumprir suspensão automática de 1 (uma) partida. A suspensão será válida para a próxima partida que o jogador disputar (em um torneio do mesmo nível ou superior). Em caso da aplicação do cartão vermelho, o jogador também sofrerá a punição automática de uma partida (seguindo as mesmas regras do cartão amarelo) e será julgado pela comissão de Ética do torneio.

Valores: o valor de multa para os jogadores que receberem cartão amarelo será de R$ 800,00 (oitocentos reais) para cada cartão enquanto o valor do cartão vermelho será de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).

Atenciosamente.

Confederação Brasileira de Polo