Craques mundiais têm novos destinos no início de 2017

A temporada mundial de polo percorre há muito tempo um itinerário que passa pelos três principais centros de polo no mundo. Os principais jogadores do esporte, predominantemente argentinos, andavam pelo mesmo caminho durante seu ano de polo, iniciando sua caminhada pelos Estados Unidos, passando pela Inglaterra e encerrando sua rota pela temporada argentina e a disputa da Tríplice Coroa.

No entanto, principalmente em 2017, a crise mundial e o crescimento de novos centros de polo fizeram com que este roteiro fosse um pouco modificado, principalmente em seu início. Se antes a grande maioria dos jogadores de alto nível disputava a temporada norte-americana, este ano os principais craques estão divididos em locais como a República Dominicana e os Emirados Árabes.

O reflexo disso se dá principalmente nos Estados Unidos, onde um torneio como a USPA Gold Cup, um dos mais tradicionais do calendário internacional, tem apenas quatro equipes participantes neste ano. Constatando este fato, o 30jardas fez um levantamento tomando como base os 43 jogadores que participaram da Tríplice Coroa Argentina e do Torneio Classificatório 90 Anos da AAP em 2016 e seus destinos neste início de 2017.

A maioria desses jogadores, 14 no total, continuam tendo os Estados Unidos como sua primeira parada no ano. Facundo Pieres e Adolfo Cambiaso, considerados os dois melhores do mundo, seguem sendo as principais figuras dos torneios norte-americanos, que ainda contam com nomes como Polito Pieres, Gonzalito Pieres, Hilário Ulloa, Sapo Caset e do brasileiro Rodrigo Andrade.

Em seguida vem os Emirados Árabes e a temporada de Dubai, que cresce a cada ano. A novidade em 2017 foi a presença de Nico Pieres, que se juntou a Pablo MacDonough, Alfredo Capella, Lucas Monteverde entre outros que disputam a Dubai Gold Series.

Apenas em sua segunda temporada, a República Dominicana ainda tem o menor peso em relação aos dois centros citados anteriormente, mas se destaca por trazer a dupla do La Dolfina, Juan Martin Nero e Pelon Stirling, além de Ignácio Astrada e os irmãos Cubi e Santiago Toccalino.

A falta de investidores e patrões fizeram com que alguns jogadores não saíssem da Argentina e torneios como a Copa República Argentina e o Argentina Polo Tour, além de outros torneios locais, tivessem a participação de alguns desses craques. Facundo Sola, Eduardo Astrada, Eduardo Heguy, Nachi Heguy e Matias MacDonough são alguns desses jogadores que permaneceram na Argentina neste início de ano.

Para os próximos anos a dúvida que fica é se as temporadas de Dubai e da República Dominicana continuarão a crescer e quais as medidas que serão tomadas pelos norte-americanos para fazer com que estes craques voltem.