Os brasileiros José Klabin e Rodrigo Andrade defendem juntos no próximo dia 25 de julho a equipe da América do Sul em duelo contra a Inglaterra, válido pela Coronation Cup 2015, um dos mais importantes torneios do calendário internacional. A equipe 30jardas entrevistou os dois atletas sobre essa oportunidade vivenciada pelo polo brasileiro.
Jogando pela primeira vez a Coronation Cup, José Klabin falou sobre a sua expectativa: “Eu já joguei na Inglaterra em 2005, mas era um cenário totalmente diferente. Uma Coronation Cup não aparece todo dia na vida de um polista e estou muito feliz de ter dado certo, mesmo sabendo das dificuldades de um 4 gols de handicap em uma partida como essa”. Para Rodrigo Andrade, que atuou com o Brasil em 2011 na Coronation Cup, foi possível fazer uma comparação: “Defender a camisa do Brasil é sempre melhor e mais emocionante e se fosse para optar eu preferiria o Brasil sempre. Porém, essa é a única diferença. A vontade de ganhar, de entrar em campo e fazer as coisas bem, isso vai ser a mesma coisa. Vamos tentar ganhar da mesma maneira”.
Sobre a formação da equipe, os dois jogadores comentaram o processo. “O convite partiu do Jaime (Huidobro), que perguntou se eu tinha interesse. Depois disso, fomos atrás dos outros jogadores, chegando primeiro no José Klabin e fechando a equipe com o Manuel Llorente”, destacou Rodrigo. Para José Klabin, a participação de Rodrigo Andrade na equipe foi importante: “O Rapha Guinle, que é um grande amigo meu, recebeu a ligação do Jaime perguntando se teria algum brasileiro para indicar. Ele me passou os contatos e nos falamos. Uma das condições era que o Rodrigo de fato estivesse interessado e nos planos da equipe, pois com ele as coisas tomariam um bom formato”.
Rodrigo Andrade e José Klabin atuaram juntos no Brasil por dois anos seguidos, mas isso foi em 2004 e 2005. Sobre a formação da equipe e a relação com seus companheiros, Klabin comentou: “Nunca tive a oportunidade de jogar com o Jaime e nem com o Manolo (Manuel Llorente). O Jaime é um excelente jogador, tive a oportunidade de vê-lo jogar em Palermo por inúmeras vezes, é um jogador clássico, que joga muito bem”. Já Rodrigo compartilha algumas experiências com o chileno, mas também nunca atuou com Manuel: “Joguei com o Jaime por dois anos seguidos os Abertos na Argentina, é um excelente companheiro. Com o Manolo nunca tive a oportunidade de jogar, mas sei que ele e o Jaime já atuaram bastante juntos também e isso pode nos ajudar”.
Os brasileiros enfrentam a forte equipe da Inglaterra, tradicional no polo e que sempre apresenta boas formações. Jogando atualmente a temporada inglesa, Rodrigo Andrade falou um pouco sobre seus adversários: “A equipe da Inglaterra tem uma base montada há muito tempo e esse conjunto é o ponto forte deles. Eles conhecem o campo, jogam em cavalos próprios e isso pode contar a favor. Entre os jogadores, pra mim o grande destaque é o James Beim. É um atleta habilidoso, que sabe jogar esse polo muito bem”.
Por fim, José Klabin encerrou falando sobre o que representa essa partida em sua carreira: “Para mim é o auge da minha vida polística. Estou entrando em campo para ganhar, como sempre, mas a experiência em si já valerá muito. É mais uma etapa para minha história nesse esporte”. Klabin, como presidente da Confederação Brasileira de Polo (CBP), também comentou a importância da participação brasileira: “Significa que o Brasil está se movendo e participando de eventos assim e isso é muito bom. Participamos em 2001, quando prestigiei como torcedor, em 2011, onde fui como presidente da CBP, e agora em 2015 onde estou indo como jogador”.
